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Pentecostes: O amor que acolhe e se manifesta na diversidade

    A Festa de Pentecostes era conhecida como “festa das colheitas”, uma origem estritamente agrícola, mas no século II a.C adquiriu um sentindo histórico-salvífico sendo assim, assumida pela Sinagoga, como uma memória da Aliança feita no Monte Sinai. Os primeiros cristãos não guardaram as memórias judaicas, porque fizeram a sua própria experiência de Pentecostes:a descida do Espírito Santo cinquenta dias após a Páscoa.    Este evento marcou o início de sua ação evangelizadora. Sabemos pelo diário de Egéria, peregrina em Jerusalém, que Pentecostes era celebrada juntamente com a Ascensão do Senhor, uma única solenidade, porém, na segunda metade do século IV d.C a festa sofreu algumas modificações, separando-a em duas solenidades,devido à concepção cronológica dos eventos salvíficos cumpridos por Jesus Cristo.      A iconografia da Festa de Pentecostes embora constante, sofreu algumas alterações significativas, a maior delasdiz respeito à presença da Mãe de Deus. Sua presenç
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Doxa, Silêncio também é presença

                                                                    Nesta quaresma, que se tornou uma quarentena mundial, diante da real ameaça do corona vírus (Covid-19), nos encontramos impedidos de realizar tarefas corriqueiras do nosso cotidiano como ir ao trabalho, à escola, ao supermercado e à igreja. Estamos impedidos de participar fisicamente das nossas celebrações e cultos. Contudo, vemos que não faltam esforços, seja dos mais variados meios de comunicação civil para entreter a sociedade neste momento em que nos é pedido para permanecermos em casa, como também nos meios de comunicação religiosa, Missas, Cultos, terços, novenas, adorações, orações várias, tudo para que nos sintamos conectados entre nós e com Deus. Tudo isso é louvável, verdadeiro, belo e bom. Precisamos como homens e mulheres de fé que somos rezar, dobrar nossos joelhos e corações diante daquele que mantém tudo na Vida. Imploramos a Ele a sua misericórdia, sobretudo, por aqueles que mais sofrem, por

A Jerusalém Celestial de Combourg! Descobrir um dos objetos litúrgicos mais raros e mais simbólicos da ourivesaria românica.

por  Jean-françois Tradução do Francês: Pe. Mateus Lopes O candelabro ou coroa de luz da abadia de Combourg, localizada diretamente acima do altar, é sem dúvida a jóia mais notável do lugar. É excepcional em tamanho e estado de conservação e é sem dúvida o mais original dos poucos exemplos ainda conhecidos e preservados em Aachen e Hidelsheim. O lustre de Saint-Remi de Reims parece ter sido em grande parte retrabalhado no século XIX e o modesto brilho do tesouro de cabras em Charente é dificilmente comparável.   Este candelabro é também chamado de "Jerusalém Celestial", porque é uma representação altamente simbólica da Jerusalém messiânica e paradisíaca. O Apocalipse de João evoca assim: "Então um dos sete anjos com as sete taças cheias das sete últimas pragas veio a mim para me dizer - Vem que eu te mostro a Noiva, a Esposa do Cordeiro - Ele Então, levou-me em espírito a uma alta montanha, e mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, que desceu do céu de De

Ascensão do Senhor: Contemplando nos Céus a nossa natureza humana

Ascensione, metà del XIV sec., Galleria Tretjakov, Mosca 1.       História                Na Ascensão, diz São Romano o Melodista:  Depois de ter realizado a economia em nosso favor e unido a terra ao céu, tu te elevaste em glória, ó Cristo Deus, sem separar-te de nós, mas permanecendo sempre unido a nós e dizendo a todos quanto te amam: Eu estou convosco.                A festa da Ascensão pertence ao período da Páscoa e já era celebrada nos primeiros quatro ou cinco séculos da Igreja juntamente com a festa de Pentecostes. O que sabemos, chegou a nós, através do diário de viagem de uma peregrina chamada Egéria que se encontrava em Jerusalém, na década de oitenta do século IV. Em seu diário, ela conta detalhes desta festa celebrada no quadragésimo dia após a Páscoa, de forma estacionária, uma vez que era iniciada em Belém na quarta-feira com uma vigília na Igreja da natividade (onde Jesus nasceu) e na quinta-feira ( no quadragésimo dia) habitualmente se celebrava o seu